Sério mesmo. Não dá pra entender como algumas pessoas criticam algo sem ter o menor domínio sobre tal, principalmente quando se fala em música. O fato de alguém (principalmente brasileiro) inovar SEMPRE causou repudio na massa acostumada com modismos televisivos e bandinhas gringas; afinal de contas, “Nacionalismo é tão Last Week”. Então, se deve escarrar na nossa cultura tão rica e se render ao que vem de fora, nem que isso implique em abrir mão de qualidade, o que geralmente ocorre.
O Teatro Mágico, com tamanha inovação, é um dos maiores alvos das críticas de gente que se quer conhece a proposta dos caras e quer falar mal sem o mínimo de argumentos. Pessoas que alegam que música e teatro não são a mesma forma de expressão, o que não deixa de ser verdade. Porém, arte não se limita. Um artista que tenta impor limites à arte vai passar o resto da vida no anonimato, fazendo covers e achando-se maior que os outros pelo simples fato de acreditar que, porque faz/fez um curso superior, é realmente bem instruído e tem um bom senso crítico.
A quem não sabe, “O Teatro Mágico é a idéia de um sarau amplificado onde tudo pode acontecer” (Fernando Anitelli). Ou seja, sem limites para a arte, como realmente deve acontece e claro, unindo música e teatro, dentre outras formas de expressão artística. Não estou aqui querendo fazer ninguém amar OTM, mas se for criticar, que pelo menos sejam usados fundamentos dignos, afim de que se torne minimamente aceitável ou resulte num bom debate. Caso não existam argumentos, simplesmente diga: “Não gosto, não faz meu tipo e pronto.”.
Aos leitores que ainda não conhecem as músicas d’O Teatro Mágico, todas elas estão disponíveis para download no site oficial da banda:
Mas claro, se você é do tipo que gosta das coisas fáceis, letras óbvias e, além de tudo, tem preguiça de pensar e refletir; não baixe e não ouça OTM sob hipótese alguma, caso contrário, você será mais um, dentre tantos, que vai dizer que as letras não têm o menor sentido/não dizem coisa com coisa. Se esse não for seu caso, “sintaxe a vontade”! É música para raros.
“Tudo é uma coisa só” (8)