quinta-feira, 27 de março de 2008

Aprendendo... (Final)

Voltei para a porta, o cara abriu a garrafa e bebeu mais um pouco. Nesse momento fiquei com raiva e disse:

“Me dê esse negócio, cara! – Ele não quis dar, abraçou aquilo como se fosse a coisa mais importante de sua vida e disse que não daria pois eu não bebia. Agora, um pouco mais calmo, pedi novamente que ele me desse a garrafa, e expliquei que não a queria para beber, e sim, para jogar fora, pois aquilo estava destruindo sua vida. Ele ficou bravo e disse que precisava da bebida. Bebeu mais um gole e eu, indignado, virei as costas e fui embora.

No caminho de volta, já atrasado e revoltado com a situação, sussurrei o seguinte: “Que cara mais burro! Por que insistir no erro que o destrói?”. Foi aí que tudo se inverteu, meu péssimo (ou ótimo) hábito de falar sozinho sempre me faz refletir, passei a olhar a situação com outros olhos, o “por que insistir no erro que o destrói?” ficou em minha mente. Afinal de contas, eu sou assim. Talvez você seja assim.

Persistir em seguir os caminhos tortos da vida, insistir nos erros que trazem prazeres momentâneos, continuar com os “pecadinhos que ninguém vê”... Coisas muitas vezes pequenas, não muito graves ou nocivas, mas, que cedo ou tarde, trarão moscas à minha casa. Vejo que sou como um bêbado, viciado em meus erros. Totalmente acomodado em viver o agora sem parar e pensar no mal que isso trará no futuro.

Sinceramente, eu não tinha nada a acrescentar àquele senhor, mas tenho muito que aprender ainda. Afinal de contas “DEUS escolheu as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias; e DEUS escolheu as coisas fracas para envergonhar as fortes” (I Coríntios 1:27)




-Tiago Faller.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Aprendendo... (Parte I)

Estava eu voltando da casa de um amigo quando fui abordado por um senhor, logo percebi que ele estava bêbado. Ele, como todo bom ser humano, começou a reclamar da vida; eu, como bom cristão/cidadão que pretendo ser, pensei: “Vou tentar ajudar esse cara.”. Ouvi tudo que ele tinha a me dizer, me surpreendi com muita coisa e comecei a falar de um Jesus que liberta e tem sempre o melhor para nossas vidas; sugeri também, que procurasse ajuda. Porém, esse senhor já conhecia o “meu” Jesus e já havia buscado ajuda em muitos lugares, foi internado muitas vezes, mas todas em vão.

Decidi acompanhá-lo até sua casa que não era muito longe dali, durante o percurso reparei que ele levava consigo um litro de pinga escondido embaixo da blusa, mas não falei nada. Um pouco mais à frente, ele comentou que seu pai e irmão haviam falecido há algum tempo por causa da bebida, fiquei sem saber o que dizer... Mas logo chegamos a sua casa, hesitei um pouco ao entrar, pois pensei que teria mais gente naquele lugar. Logo vi que o que pensei era impossível de ser real, a casa estava em total abandono.

Entrei, ele continuou falando sobre a família que o havia deixado sozinho ali, numa casa onde só havia uma cama, um fogão e um armário. Aquele senhor disse que não sentia mais fome, que a bebida lhe saciava. Porém ali havia comida, comida espalhada pelo chão e muitas, muitas moscas.

(Continua...)

sábado, 15 de março de 2008

Pretérito Presente

Dias em que uma simples troca de olhares faz lágrimas caírem, assim, sem explicação mesmo. O abraço interminável surge sem muito pensar... Explicando tudo com lembranças. Boas lembranças machucam; não por serem boas, nem por serem lembranças. E sim, por serem más lembranças boas.
São coisas que já se foram. Acabaram e pronto! Acabaram mas podem voltar para continuar, e é isso que quero. Quero, mas não consigo querer, nem estou disposto a conseguir. Estou habituado a viver sem plantar esperanças, estou acomodado em ter só a minha presença comigo. Confortável ilusão que adquiri evitando pensar. Ou pensando muito, mas não lembrando nada.

The Faller.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Intro

The Faller, o Caidor. Antes de mais nada, um sonhador na busca incessante pela conquista de seus ideais e pelo sentido para o que se faz durante a vida.

Não vive e nem morre de amores, tão pouco acredita que sabe o que é amar. Acredita, na verdade, que o mundo moderno se esqueceu do perfeito amor quando se afastou do Princípio de todas as coisas, tornando assim, tudo banal e momentâneo.

Com seu modo peculiar de enxergar as coisas, tende a complicar o simples com o pensamento de que nada é tão óbvio a ponto de poder ser visto de olhos fechados ou com os olhos dos outros. Seu inconformismo o faz assim; também o afasta de pré-conceitos, hipocrisia e da religiosidade tão comum na cega sociedade atual.

O Caidor é humano, tem sentimentos como qualquer um; as vezes complexos, quase que indecifráveis; as vezes bobos, quase que risíveis. Ele cai sempre e chora as vezes. Cai, mas se levanta e tenta novamente; Chora, mas não desiste de viver.


-Tiago Faller.

segunda-feira, 10 de março de 2008

HOHO, pessoas!


Estranho seria se eu não tivesse ninguém para agradecer, não é? Citarei aqui alguns seres que tiveram participação direta na construção disso aqui.

Na fatídica tarefa de achar um nome para o blog, surgiu o Celo lembrando-me de uma (nem tão) antiga “assinatura digital” que usei durante um tempo: “The Faller”. Muito obrigado, garoto! Coube perfeitamente no contexto que eu esperava.
Grato também a duas amigas que – mesmo sem querer – fizeram renascer meu desejo e amor por escrever. Duda (Eduarda de Oliveira) e Mandy (Mariana Souza), grande parte disso aqui é culpa de vocês! Obrigado!
Adianto os agradecimentos às pessoas que terão paciência para ler minhas “filosofias de momento”,e a você, que está lendo esse post agora.


Não sei que rumo minhas postagens tomarão (e, se tomarão algum), mas Beijoscomentemsempre.
Deus abençoe suas vidas, pessoas.
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-Tiago Faller.