Estava eu fugindo do amor, evitando correr o risco de cair nas armadilhas dele novamente; enquanto isso você, com seu jeito único e meigo, me provava – mesmo sem querer – que o amor não era tão ruim quanto eu pensava e que senti-lo poderia ser a melhor coisa do mundo.
Voltei a acreditar na beleza dos sentimentos, na beleza de um novo amor que nasceu em mim. Nasceu para que eu pudesse dá-lo a você e retribuir tudo de maravilhoso que passou a habitar em meu coração quando te conheci. Sonhos, esperança... Vida. A vida tornou-se bela e colorida, passei a ver as coisas com outros olhos, passei a ver as dificuldades como detalhes, detalhes que eram esquecidos quando eu lembrava que tinha você ao meu lado, detalhes que ficavam ainda menores com seu abraço acolhedor e seu sorriso cativante.
Em você eu vi um novo futuro, com você fiz novos planos e consegui esquecer o passado amargo que me mantinha como prisioneiro; a doçura de suas palavras tirou o chão dos meus pés e me fez olhar além. Era tudo tão diferente e, junto contigo, eu estava livre para amar e ser amado, livre para enxergar a perfeição de tudo. Perfeição assistida pela natureza numa noite de sexta-feira; noite em que as ondas selaram o que seria eterno, noite em que o mar silenciou para apreciar o nosso amor.
Por fim, nossa eternidade durou apenas um momento. Mesmo diferente no início, o fim é sempre o mesmo. O que era tão doce, agora, nem sal mais têm. Por ser maior que o sentimento, a decepção de não mais te conhecer foi minha cura. Seu novo ser fez-me prosseguir e deixar para trás lembranças de um grande amor que nunca existiu.
“(...) rosas mortas pra você.”